A próstata é um órgão que faz parte do aparelho reprodutor masculino e sua principal função é produzir parte do líquido que forma o sêmen ou “esperma”. Trata-se do tumor mais frequente no sexo masculino (excluindo os de pele), podendo ser detectado precocemente com as consultas urológicas regulares. Existem diversos tratamentos para o câncer da próstata e o tratamento “ideal” será avaliado de acordo com o estadiamento da doença, ou seja, dependendo do quanto a doença penetrou na próstata, dos valores do PSA, do escore de Gleason e se há disseminação ou não da doença. Quando a doença está apenas localizada na próstata, o tratamento é feito com a cirurgia de retirada da próstata (Prostatectomia Radical) ou através da radioterapia, associada muitas vezes a uma injeção para bloquear a produção dos hormônios masculinos. Entretanto, quando a doença invade os órgãos em volta da próstata ou quando já se apresenta com metástases, a cura não é mais possível e o objetivo do tratamento passa a ser o de controlar o avanço da doença através do bloqueio hormonal e a quimioterapia.
A Prostatectomia Radical pode ser realizada por vídeo ou até mesmo pela técnica convencional. Ambas com ótimos resultados de cura para a doença localizada. Na última década tivemos o avanço da cirurgia robótica, com resultados oncológicos e funcionais superiores a cirurgia convencional. Dentre as complicações da cirurgia, podemos citar a disfunção erétil (15 a 50% dos casos), incontinência urinária (5 a 10 % dos casos), sangramentos intraoperatórios e as estenoses de uretra.
Normalmente, o paciente fica internado por 48h e recebe alta no terceiro dia com sonda. Após 7 dias é retirada a sonda no consultório e retorna as atividades em 30 dias.